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sábado, 20 de agosto de 2011

Hadzas

Hadzas


Os Hadza são caçadores-recoletores que vivem no Norte da Tanzânia, situados nas margens do Lago Eyasi. Também são conhecidos por Tindiga ou Kindinga mas rejeitam tais nomes por considerar que são depreciativos e discriminatórios. O seu território faz parte de 3 distritos administrativos, pertencendo cada um a uma região diferente.


A sua organização social pode ser estudada através das suas relações económicas estabelecidas com os seus vizinhos pastores e agricultores (estes consideram os Hadza como inferiores). Os Hadza sempre foram caçadores-recolectores e orgulhosamente o afirmam; apesar de mais recentemente o seu estilo de vida se ter modificado um pouco.
O seu ambiente ecológico, é dominado pela savana seca do Este de África, o que influencia a sua economia e as relações sociais e políticas. O seu território é considerado como infestado por causa das moscas tsé-tsé (responsáveis pela propagação de doenças), do escasseamento de água potável e por níveis de precipitação baixos, o que faz com que seja impossível a prática da agricultura. Os acessos são quase inexistentes e todos estes factores contribuiram para que eles se mantivessem em relativo isolamento ( comunidades encapsuladas) do resto das outras sociedades, excepto dos vizinhos.
A sua organização económica é rudimentar baseada na subsistência e não existe uma mentalidade de acumulação, pelo menos a longo prazo. É uma sociedade que dá importância à partilha e ao poder da igualdade.

Uma breve caracterização histórica:

Durante a colonização receberam muitos refugiados entre eles de outras sociedades de pastores e agricultores seus vizinhos por estes estarem em conflito com os colonizadores alemães e ingleses que, no entanto, ignoravam os Hadza.
Mas entre 1927 e 1939 a administração britânica fez um esforço no sentido de os forçar a estabelecerem-se como agricultores com vista a transformá-los em cidadãos “úteis”. A ideia era utilizar a mão-de-obra e ensiná-los a trabalhar nas colheitas da agricultura. Tais tentativas levaram ao aparecimento de muitas doenças na comunidade. O contacto com outros povos foi considerado perigoso e foi necessário o reforço da sua política de minimização do contacto. As tentativas falharam, e eles foram abandonados pois o Governo achou melhor não gastar mais dinheiro num grupo que não se conseguia sedentarizar e que não produzia nada de útil.
Desde a década de 60, os Hadza vivem em pequenos acampamentos nómadas deslocando-se todas as duas ou três semanas. Mas com os processos da independência, em 1964 surgiram novas tentativas para voltar a restabelecê-los em novos locais. O Governo da Tanzânia adoptou uma política de sedentarização de modo a se estabelecerem e aumentarem a colheita, a agricultura e a pastorícia. Foram construídas casas, escolas e uma série de infra-estruturas, para melhor os ajudar nesse processo. O Estado disponibilizou uma grande área para eles porem em prática essas actividades. A comida era-lhes dada até conseguirem produzir o suficiente para se alimentarem e terem acesso a água canalizada (algumas torneiras pela povoação).
Isto despertou a inveja das sociedades vizinhas pois queriam ter as mesmas regalias sociais. De repente o novo território tornou-se bastante atractivo para outras sociedades. Algumas pessoas das sociedades vizinhas começaram a fazer-se passar por Hadza para acederem aos serviços, à alimentação, etc.
O projecto teve bastante sucesso mas a verdade é que isso aconteceu devido à facilidade com que os Hadza obtinham comida. Essa era umas das únicas razões para estes não quererem voltar à natureza. Em 1972, quando a comida começou a escassear, devido a políticas internas, grande parte voltou para o seu território de origem. Então, os falsos Hadza mantiveram-se nos povoados e foram eles que beneficiaram das infra-estruturas.
A falha de todas estas tentativas levou as autoridades nacionais a olharem para esta sociedade como condenada, que devia ser deixada até se extinguir.

Mobilidade e estabelecimento:

Os Hadza ao longo da sua história fizeram um esforço para manterem o seu modo de vida face a grandes pressões para os mudar e para se sedentarizarem. A sua mobilidade não é apenas o modo de melhorar o acesso à comida, à água e outras matérias que necessitam mas, também, funciona como um modo de prevenção de doenças (abandonam a áreas onde as pessoas tenham tido doenças ou tenham morrido). A composição dos acampamentos é flexível, os movimentos são constantes dentro dos grupos.
Devido às pressões exercidas pelas autoridades da Tanzânia para se estabelecerem muitos deles acolheram essas políticas para acederem aos benefícios cedidos pelo Governo. Contudo, muitos continuaram a sua vida nómada, apesar dos seus movimentos serem agora mais restritos (resultado da perda de terras), o que afecta de um certo modo, a sua organização social e económica.

Organização política e social:
Os grupos de caçadores-recolectores são pequenos que normalmente são facilmente conqusitados. É o caso dos Hadza que tiveram de se render aos seus vizinhos apesar de terem armas bastante eficientes (arcos, setas, machado). O poder dos seus vizinhos era superior.
Segundo o antropólogo James Woodburn as suas fronteiras confrontam-se com diferentes culturas, e isso nunca os deixou viver em plena paz, e além disso, existe outro ponto que ameaça a sua estabilidade e integridade, que foram os caçadores “outsiders” atraídos pela imensa caça do seu território.
A ideologia Hadza dá principal importância tanto à igualdade como ao status entre os homens. Não têm grandes hierarquias de poder, pois, denota-se a ausência de chefes ou mesmo líderes.
Na sua organização política não existem grandes regras que delimitam a sua estabilidade no fundo a comunidade é regida por todos de forma igualitária, devido sobretudo, ao nomadismo. Segundo James Woodburn a organização social dos Hadza, está inserida num sistema de “immediate – return”, em que os grupos são flexíveis e mudam constantemente a sua composição.
Isto permite-lhes grande mobilidade - cada um caça ou recolhe o que quiser, durante o tempo que quiser. Não há grande dependência de pessoas específicas para satisfazer as necessidades básicas do grupo. Neste sistema as actividades estão mais orientadas para o presente dentro do qual as suas ferramentas e armas são simples e, não existe rendimento pessoal ou bens considerados económicos.
Consideram-se como uma comunidade muito unida baseada na divisão e reciprocidade. Para muitos estudiosos estes inserem-se na “lei da hospitalidade”. Morgan compara essa lei com o comunismo primitivo como substância final da igualdade. Pode-se dizer que os Hadza consideram-se uma grande família, pois tratam todos os outros como parentes. Por isso, a escolha individual e autonomia pessoal é respeitada entre eles.
Homens e mulheres, usualmente, tomam a decisão acerca de com quem casarão. A residência, depois do casamento, é matrilocal, sendo, assim um modo de preservar a solidariedade feminina que é muito importante na vida das mulheres depois de casarem. O casamento (ou melhor a ausência do mesmo) tem sido um factor de declínio desta sociedade. Têm vindo a perder raparigas na idade de casar; o movimento tem sido de saída e não de entrada devido à impossibilidade de pagar o elevado preço pela noiva (lobolo) e além disso, são tidos como tendo um estatuto social inferior ao das outras sociedades, logo poucas raparigas querem casar com um Hadza.
No contexto religioso, os homens e mulheres são diferenciados. Muitas das cerimónias são realizadas separadamente. Os homens, assim que possível, são logo iniciados na comunidade igualitária dos homens na qual eles têm direitos e privilégios. Entre eles mantêm segredos sobre as mulheres e crianças. Por outro lado, as mulheres também têm os seus segredos sobre os homens. A circuncisão feminina é organizada apenas pelas mulheres e é vista como matéria inteiramente delas (existem indicações de que hoje em dia as mulheres podem escolher entre fazer ou não a circuncisão).
Os rituais na maioria estão associados à caça. Contudo, têm um ritual muito importante, o “Esperne Dance” - é um acontecimento executado na escuridão nas noites sem luar. Considerado indispensável para o seu bem-estar e pode ser interpretado como uma cerimónia de reconciliação entre homens e mulheres.

Organização económica: 

A estigmatização dos grupos de caçadores-recolectores afecta a natureza das trocas. Inseridos num sistema de “immediate-return” (retorno imediato), asseguram o seu modo de vida e a sua sobrevivência sem grandes dependências dos vizinhos. Apesar de obterem destes produtos como tabaco, metal para setas, facas e machados, roupas, farinha, isto pode revelar que estão dependentes dos seus vizinhos mas na realidade não é essa a verdade, no entender de J. Woodburn.
A sua subsistência provem de tudo o que a natureza oferece - fazem a recolha e caça de alimentos para o próprio dia ou para alguns dias seguintes. Os produtos são para si próprios e negoceiam apenas os excedentes porque não costumam trabalhar para os seus vizinhos de forma a evitar compromissos para com os outros. Na obtenção de um ou outro bem podem depender dos seus vizinhos mas isso não significa que há grandes relacionamentos entre eles. Tentam evitar o estabelecimento de relações de troca muito fortes para não se criar uma dependência entre eles e para não estarem sujeitos a uma dominação por parte dos seus vizinhos. Dentro do seu sistema de produção e de transacção tentam evitar compromissos, por isso, estabelecem relações efémeras para evitar grandes dependências.
A sua alimentação é constituída à base de raízes selvagens, mel, carne de animais, batata doce, etc. A procura de comida leva a que haja uma divisão sexual do trabalho, em que homens ficam encarregues da caça e as mulheres da recolecção (raízes, plantas, frutos, insectos). É relativamente fácil obterem alimentos. Mas existem tipos de comida que rejeitam, como répteis, certos insectos, peixe, moluscos, etc. Em contrapartida dão especial valor ao mel. A carne é partilhada com as pessoas do acampamento, não é apenas reservada ao caçador e à sua família; acreditam fortemente que se deve partilhar sem esperar recompensa – pode ser entendido como altruísmo. Normalmente, na caça não usam armadilhas sendo necessário mais agilidade e pratica diária com maior esforço.
Alguns Hadza, agora trabalham fora dos acampamentos ou estão ocupados com o comércio. Não lutam para se adaptar à modernidade como se tivessem ficado presos no passado, eles são um povo esperançoso no futuro e, por enquanto, auto-suficiente.
Conseguiram escapar à marginalização imposta pela exploração agrícola e industrial ocupando áreas que não servem para essas actividades. Isso não significa que a sua qualidade de vida seja miserável. A sua dieta é bastante equilibrada e estão menos sujeitos a fomes do que os povos vizinhos. Como não têm que trabalhar muito sobra-lhes tempo para o lazer, para a vida social e ritual.
Hoje em dia enfrentam graves crises que abala a sua continuidade. Provavelmente, eles terão de recorrer à prática da agricultura e da criação de gado para poderem sobreviver (como deseja o Governo). Contudo, resistem à mudança porque acreditam que o seu modo de vida”primitivo” é melhor do que a “civilização”.



Fonte: http://nant-iscsp.blogspot.com/
Foto: Martin Schoeller.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Educar sem bater.


Educação sem agressão


O grande dilema dos pais é descobrir como substituir a palmada que costumavam levar quando crianças por métodos educacionais que sejam efetivos, mas que não usem a agressão física como forma de coibir comportamentos indesejados. Psicólogos e psicopedagogos têm a receita para solucionar essa dúvida. Cabe aos pais ter a paciência e a disposição necessária para aplicá-la.
A primeira regra recomendada é o diálogo. E nesse quesito é importante alertar a criança tanto sobre o que está errado e não deve ser repetido quanto sobre o que é esperado dele, de acordo com a psicopedagoga e conselheira vitalícia da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), Maria Irene Maluf. “Conversar com a criança é fundamental em qualquer situação. Uma boa conversa funciona bem principalmente quando o comportamento indesejado não existe em casa. Ela fica envergonhada por perceber que os pais e os irmãos não têm essa atitude.”
Daí nasce a segunda regra. Dar sempre o exemplo. “A postura dos educadores é muito importante. O problema é quando as pessoas resolvem fazer normas tiradas do nada, sem que os próprios pais a respeitem”, diz Maria Irene. “Para aprender, é preciso vivenciar um ambiente que seja modelo.”
Também é importante explicar para a criança as razões das cobranças e mostrar a ela que cada ato no dia a dia tem importância e conseqüências. Vale ressaltar que não se deve jamais criticá-la, mas sim seu comportamento. “Os filhos precisam saber a razão por que o adulto está aborrecido com determinadas atitudes. Portanto, deve-se dizer que está chateado com o que foi feito e não com ele”, destaca a psicopedagoga.
Outro fator muito importante é saber negociar com a criança e manter a palavra sempre, caso contrário, o pai entrará em descrédito com o filho, pois achará que nunca será castigado. “Há uma postura permissiva por parte dos pais hoje em dia, que não cobram, e a criança percebe que aquilo não tem muito valor. Para resolver o problema, basta sustentar a palavra naquilo que foi combinado”, explica a professora de psicopatologia da infância da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Leda Mariza Fischer Bernardino, pós-doutora em tratamento e prevenção psicológica pela Universidade de Paris Sete. “Após a negociação, a criança sabe que, se agir em desacordo com o que combinou, vai ter uma conseqüência: o castigo. Ela até espera por aquilo. Mas, se o esperado não acontece, vai entender que aquela obrigação não tinha coerência”, afirma Leda.
Tensão
Quanto ao tapinha, é necessário haver uma reflexão por parte dos pais. “Muitas vezes, em uma situação rápida de tensão, o pai acaba agindo sem pensar. E assim repete o método de educação que recebeu”, diz Leda. Segundo ela, nesse caso é necessário pensar para ver se a palmada não foi apenas uma expressão de raiva porque a criança o tirou do sério. Se esse for o caso, o pai ou a mãe precisa conversar com a criança e até pedir desculpas.
Mas um tapinha nem sempre significa agressão. “Uma coisa é dar um tapinha para reforçar algo que está dizendo à criança. Esse é um método educativo, que não envolve emoção. Outra é descontar o estresse da situação na criança”, explica a professora.
Já Maria Irene não aprova nenhum nível de repressão física. “O problema é que, na vida, quando há uma exceção, ela acaba se tornando um pouquinho maior. O tapa não ensina, apavora, magoa. É desrespeitoso. A criança vai voltar a fazer a mesma coisa quando ela achar que a mãe não vai ter chance de bater nela, por exemplo”, ressalta.

domingo, 7 de agosto de 2011

Curiosidade.


Sociedade Amish

Amish é um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos eCanadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito deequipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.


Como os Mennonitas, os Amish são descendentes dos grupos suíços de anabatistas chamados de Reforma radical. O Anabatistas suíços ou "os irmãos suíços" tiveram suas origens com Felix Manz (ca. 1498-1527) e Conrad Grebel (ca.1498-1526). O nome "Mennonita" foi aplicado mais tarde e veio de Menno Simons (1496-1561). Simons era um padre católico holandês que se converteu ao Anabatismo em 1536. O movimento Amish começou com Jacob Amman (c. 1656 - c. 1730), um líder suíço dos Mennonitas que acreditava que estes estavam se afastando dos ensinos de Simons. Amish é um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis e 1632 da Confissão de Fé de Dordrecht, particularmente a prática de excomungar os membros excluídos que não seguiam as regras da igreja. Essa postura estrita trouxe uma divisão ao movimento Mennonita em 1693 e levou ao estabelecimento dos Amish.
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Origem

Os primeiros Amish começaram a emigrar para os Estados Unidos no século XVIII, para evitar perseguições e o serviço militar obrigatório. Os primeiros emigrantes foram para o condado de Berks, Pensilvânia. .

[editar]A Sociedade Amish

Estimativas do início da década de 2000 apontavam a existência de 198 mil membros da comunidade amish no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia. Esses grupos são compostos por descendentes de algumas centenas de alemães e suíços que migraram para os Estados Unidos e o Canadá.
Os amish preferem viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares, não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo. Muitos evitam até mesmo fazer seguro de vida.
A maioria fala um dialeto alemão conhecido como "Alemão da Pensilvânia" (em inglês: Pennsylvania Dutch ou Pennsylvania German). Eles dividem-se em irmandades, que por sua vez se divide em distritos e congregações. Cada distrito é independente e tem suas próprias regras de convivência.
O filme "A Testemunha", com o actor Harrison Ford, mostra o modo de vida dos amish nos Estados Unidos. Homens usando ternos e chapéus pretos e mulheres com a cabeça coberta por um capuz branco e com um vestido preto. A comunidade Amish considerou muito liberal a imagem que se fez deles.
Os amish não gostam de ser fotografados. Interpretam que, de acordo com a Bíblia, um cristão não deve manter sua própria imagem gravada.

[editar]Crenças

Os princípios enfatizados pelos Amish são:
  • Bíblia, principalmente a ética do Novo Testamento, devem ser obedecidas como a vontade de Deus, embora não sistematizando sua teologia, mas aplicando-as no dia-a-dia. A interpretação da Bíblia é realizada nos cultos e reuniões da igreja. Essa posição de evitar querelas teológicas evitou divisões de carácter doutrinário nas denominações anabatistas.
  • Credos e confissões são somente documentos para demonstrar aquilo que se crê, mas requerem a adesão ou crença a eles. Aceitam, portanto, em essência os Credos históricos do Cristianismo, mas não o professam.
  • A Igreja é uma comunidade voluntária formada de pessoas renascidas. A Igreja não é subordinada à nenhuma autoridade humana, seja ela o Estado, ou hierarquia religiosa. Assim evitam participar das atividades governamentais, jurar lealdade a nação, participar de guerras.
  • A Igreja não é uma instituição espiritual e invisível, mas uma coletividade humana e real, marcada pela separação do mundo e do pecado e uma posição afirmativa em seguir os mandamentos de Cristo.
  • A Igreja celebra o Batismo adulto por imersão como simbolo de reconhecimento e obediencia a Cristo, e a Santa Ceia em memória da missão de Jesus Cristo.
  • A Igreja tem autoridade de disciplinar seus membros e até mesmo sua expulsão, a fim de manter a pureza do indivíduo e da igreja.
  • Como pode ser notado, a teologia anabatista é massivamente eclesiológica, baseada na vida comunitária e Igreja.
  • Quanto a salvação, os Amish crêem no livre-arbítrio, o ser humano tem a capacidade de se arrepender de seus pecados e Deus regenera e ajuda-o a andar em uma vida de regeneração.
  • Os Amish não creem que a conversão para Cristo seja uma experiência emocional de um momento, mas um processo que leva a vida inteira;
  • O que único na Teologia Anabatista, principalmente depois de Menno Simons, é a visão sobre a natureza de Cristo, possui uma doutrina semi-nestoriana, crendo que Jesus Cristo foi concebido miraculosamente pelo Espirito Santo no ventre de Maria, mas não herdou nenhuma parte física dela. Maria, seria portanto um instrumento usado por Deus, para cumprir o Seu plano.
  • A essência do cristianismo consiste em uma adesão prática aos ensinamentos de Cristo.
  • A ética do amor rege todas as relações humanas.
  • Pacifismo: Cristianismo e violência são incompatíveis.

[editar]Culto

O culto Amish é praticado da mesma maneira desde a incepção do Anabatismo na época da Reforma. O Culto é voltado a Deus e não tem o carácter evangelizador, portanto práticas como "chamada ao altar" ou "aceitar Jesus" não existem. Não constroem igreja, assim reúnem-se em casas privadas ou em salas de escolas. As mulheres sentam-se separadas dos homens e cobrem a cabeça com um véu. O culto inicia com uma invocação de algum dos anciãos, seguem-se hinos, cantado do hinário Ausbund, que é o mesmo texto desde o século XVI e não contém notação musical. Então há uma oração, onde todos se ajoelham silenciosamente até que algum membro masculino ore pela igreja. A leitura e pregação da Bíblia é feita extemporaneamente, sem sermões preparados, e muitos elterns (anciãos) abrem as Escrituras aleatoriamente. Seguem uma oração do ministro e uma bênção final. A congregação se despede com um ósculo.

[editar]Controvérsias

Os Amish são muitas vezes confundidos com comunidades igualmente reservadas, mas de tradições e raízes completamente distintas. Algumas vezes até com os mórmons, com os quais mantêm poucas semelhanças.
Uma das maiores comunidades Amish no mundo fica na Pensilvânia (EUA). Em outubro de 2006, uma chacina dentro de uma escola Amish resultou na morte de cinco crianças entre 6 e 13 anos, além do atirador de 32 anos, que se suicidou.
O atirador era um motorista de caminhão de leite que atendia a comunidade. Fez reféns 10 meninas. No mesmo dia, membros da comunidade visitaram a família de Roberts (o motorista) para dizer que o perdoavam. No enterro das meninas, o avô de uma das vítimas disse às outras crianças: "não devemos odiar aquele homem" O fato inspirou o filme Amish Grace.

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Fonte: www.pt.wikipedia.org